De ruas e TVs aos perigos online: como a internet transformou os desafios da criação dos filhos
Há menos de 20 anos, os pais se preocupavam principalmente com os riscos das ruas ou com os conteúdos exibidos na TV e em fitas de vídeo. Mas, com o avanço da internet e das redes sociais, o acesso a informações e pessoas se tornou ilimitado — e a tarefa de monitorar crianças e adolescentes ficou muito mais complexa.
A era dos computadores: os primeiros perigos digitais
Até os anos 2000, a maioria das casas tinha apenas um computador conectado à internet, o que, em teoria, facilitava o acompanhamento do que as crianças acessavam. Mesmo assim, muitos pais viram seus filhos expostos a uma infinidade de ameaças online: tráfico, assédio, pornografia, violência, bullying, jogos de azar, golpes financeiros e criminosos de todos os tipos.
Os perigos das ruas haviam, de repente, invadido os lares. Mas a situação só piorou.
A era dos celulares: o perigo na palma da mão
Com a popularização dos smartphones, os riscos atingiram proporções ainda maiores. Agora, cada criança e adolescente carrega um dispositivo com acesso ilimitado a redes sociais e conteúdos perigosos — 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Enquanto no passado os adultos monitoravam o que os filhos assistiam na TV ou faziam no computador, hoje muitos estão distraídos com seus próprios celulares, seja trabalhando, se informando ou se divertindo.
Uma geração de vulneráveis digitais
Crianças e jovens estão, de certa forma, sozinhos na navegação online. Poucos pais conseguem acompanhar de perto tudo o que seus filhos acessam, criando um cenário ideal para criminosos digitais. O smartphone virou babá, educador e conselheiro — muitas vezes sem supervisão.
Esse é, sem dúvida, o maior desafio da educação familiar na era digital.