O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), anunciou a criação do Fundo de Estabilização Econômica (FEG), uma reserva financeira destinada a garantir recursos para o estado em situações de calamidade pública ou crises financeiras. O fundo será abastecido com 1,5% do PIB estadual, utilizando superávits das contas públicas, e terá regras específicas para sua utilização, sendo acionado apenas em casos emergenciais.
Objetivos e Impacto do FEG
Criar uma reserva financeira para situações de crise.
Evitar cortes em serviços públicos, atrasos salariais e inadimplência com fornecedores.
Garantir mais previsibilidade fiscal ao estado.
Estabelecer uma gestão econômica baseada em princípios da OCDE.
A proposta será formalizada por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que será encaminhada à Assembleia Legislativa de Goiás.
Caiado e o Cenário Político Nacional
O lançamento do FEG também tem um forte viés político. De olho na eleição presidencial de 2026, Caiado apresenta a medida como uma “vitrine” de eficiência fiscal, destacando sua gestão em Goiás e contrastando com o governo federal, ao qual tem direcionado críticas frequentes. Segundo ele, o estado conseguiu resultados superiores a outros que também aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
O cenário eleitoral de 2026 ainda está indefinido, especialmente após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Com a direita fragmentada, Caiado busca se consolidar como um nome competitivo, apresentando-se como um gestor fiscalmente responsável e alinhado a uma visão de austeridade econômica.
A proposta do FEG reforça a estratégia do governador de se projetar nacionalmente e pode influenciar a discussão sobre novas regras fiscais para os estados no Brasil
