A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comunicou que deixou o Brasil e está na Europa para realizar um tratamento médico. Em transmissão ao vivo, a parlamentar afirmou que solicitará licença do mandato, mencionando que a Constituição permite tal afastamento, citando o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Em 14 de maio, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Zambelli a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. A decisão também determinou a perda do mandato parlamentar, que será efetivada após o trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso .
A defesa da deputada apresentou embargos de declaração, alegando cerceamento de defesa e contestando a proporcionalidade da pena. Os advogados argumentam que não tiveram acesso a todo o material utilizado na acusação, comprometendo o direito ao contraditório .
Além da condenação no caso do CNJ, Zambelli enfrenta outro processo no STF relacionado a um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando perseguiu um homem armada pelas ruas de São Paulo. A maioria dos ministros já votou pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, mas o julgamento foi suspenso por pedido de vista.
A parlamentar também é considerada inelegível por oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa, devido à condenação por órgão colegiado.