Ontem, domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas no Hospital DF Star, em Brasília, para tratar uma obstrução intestinal decorrente de uma facada sofrida em 2018. O procedimento envolveu a correção de aderências e a reconstrução da parede abdominal. A seguir, explico o motivo da longa duração da cirurgia e apresento uma cronologia das internações relacionadas ao atentado.
A cirurgia durou 12 horas devido à complexidade do caso. A facada de 2018 causou lesões graves no intestino, gerando aderências — tecidos cicatriciais que podem obstruir o trânsito intestinal. Em pacientes com múltiplas cirurgias abdominais, como Bolsonaro, essas aderências tornam o campo cirúrgico desafiador. A operação, uma laparotomia exploratória, exigiu a remoção de uma dobra no intestino delgado e a reconstrução da parede abdominal, procedimentos delicados para evitar complicações como infecções. O tempo prolongado reflete a necessidade de manipular tecidos com cuidado, considerando o histórico de cinco cirurgias abdominais, três delas complexas.
Cronologia das internações
Setembro de 2018: Após o atentado em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro foi internado na Santa Casa, com lesões intestinais graves. Submetido a colostomia, foi transferido ao Hospital Albert Einstein (SP).
Janeiro de 2019: No Einstein, retirou a bolsa de colostomia e reconstruiu o trânsito intestinal.
Julho de 2021: Internado no Hospital Vila Nova Star (SP) por obstrução intestinal, tratado sem cirurgia.
Janeiro de 2022: Nova internação no Vila Nova Star por obstrução parcial, resolvida clinicamente.
Setembro de 2023: No Vila Nova Star, passou por cirurgias no aparelho digestivo.
Abril de 2025: Internado no DF Star após dores abdominais, passou pela cirurgia de 12 horas.
O caso reflete as sequelas permanentes do atentado, com obstruções recorrentes devido a cicatrizes. Bolsonaro segue em recuperação estável na UTI.
