Entregadores de aplicativos iniciaram, nesta segunda-feira, 31 de março de 2025, uma paralisação nacional que abrange 59 cidades em todo o país, incluindo Goiânia. O movimento, intitulado “Breque dos Apps”, busca pressionar grandes plataformas, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega, por melhores condições de trabalho.
Principais reivindicações
Entre as principais demandas da categoria, destacam-se:
Reajuste da taxa mínima por entrega: aumento de R$ 6,50 para R$ 10,00;
Aumento do valor pago por quilômetro rodado: de R$ 1,50 para R$ 2,50;
Limitação das entregas realizadas por bicicleta: raio máximo de 3 km por entrega;
Pagamento integral por cada pedido em entregas agrupadas: atualmente, os entregadores recebem apenas uma taxa única, enquanto os aplicativos cobram separadamente de cada cliente.
Duração e impacto da paralisação
A greve está programada para durar dois dias, com término previsto para terça-feira, 1º de abril de 2025. Em Goiânia e outras cidades, os entregadores aderiram ao movimento para denunciar a precarização do trabalho e exigir melhorias nas condições laborais.
Histórico de mobilizações
Este é o terceiro grande movimento grevista organizado pela Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea). As duas paralisações anteriores ocorreram em 2020, durante a pandemia de Covid-19, marcando o início de uma série de ações pela categoria.
Falha nas negociações
A mobilização ocorre após o fracasso das negociações sobre a regulamentação do trabalho dos entregadores. Em maio de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego instituiu uma comissão especial para discutir um projeto de lei com representantes dos trabalhadores e das plataformas. Contudo, após seis meses de debates, não houve consenso, e as discussões foram encerradas sem avanços concretos.