Apesar de contratempos que prejudicaram sua gestão, Rogério Cruz (Republicanos) evitou confrontos diretos com adversários e aliados instáveis.
Com a máquina pública municipal azeitada com R$ 710 milhões e obras em andamento na Capital, o prefeito terá força suficiente para influenciar o jogo político em Goiânia.
Exemplo disso, está na cautela que seus potenciais adversários tratam sua gestão, pois, não é prudente confrontar uma máquina que ainda tem combustível para rugir alto.
Mesmo diante de alguns desgastes administrativos, ninguém arrisca apostar que o prefeito estará esvaziado de poder até outubro deste ano.
Com a descompatibilização de auxiliares, Rogério terá à disposição mais poder político e, como o secretário de governo, Jovair Arantes, disse, o momento é de filtrar apoiadores fiéis dos que estarão em outros projetos.
O Paço Municipal ainda é pesadamente influente, capaz de frear a investida de adversários mais assertivos, pelo menos, até o mês de agosto, tempo suficiente para que Rogério possa resgatar alguns pontos de aprovação e popularidade.
Como dito no início deste texto, ao suportar confrontos sem uma reação desmedida, o prefeito estabeleceu uma “regra informal” de “baixa temperatura” a respeito de algumas falhas da gestão.
Rogério também recebeu carta-branca do Republicanos nacional para tocar seu projeto à reeleição com liberdade, evidenciando quem foi hábil no trato político na cúpula do partido.
Evidentemente, há fatores que pressionam seu projeto de reeleição, fomentados por deficiências na coleta do lixo e no trato com o legislativo municipal, mas, em período pré-eleitoral, com a caneta na mão e perfil apaziguador, Rogério pode balançar o cenário político.